Nascido em Santos em 29 de setembro de 1935, de família modesta, Plínio Marcos não gostava de estudar e terminou apenas o curso primário. Foi funileiro, quis ser jogador de futebol, e chegou a jogar na Portuguesa Santista, mas foram as incursões ao mundo do circo, desde os 16 anos, que definiram seus caminhos, estreou como o palhaço Frajola.
A atividade de escritor, de dramaturgo, foi iniciada com "Barrela", em 1958. O tema, cadeia, foi retomado no monólogo "25 Homens" e em "A Mancha Roxa", que aborda a Aids. A prostituição está presente em "Navalha na Carne" (talvez o texto mais célebre do autor) e "O Abajur Lilás".
Há praticamente 12 anos anos, Plínio Marcos se foi, deixando uma vasta obra na dramaturgia e na literatura brasileiras. Mais do que isso, consolidou-se como referência na luta contra as injustiças sociais e como símbolo da luta pela liberdade de expressão.
Apontado por unanimidade como um dos mais importantes dramaturgos brasileiros, Plínio Marcos teve sua trajetória artística e pessoal pontuada pela ação de governos ditatoriais, sobretudo no período militar; chegou a ser impedido de trabalhar, por 20 anos, em todas as suas profissões ligadas ao ofício de comunicador. Apesar disso, manteve uma produção de altíssimo nível e, em mais de 40 anos de dramaturgia, é um dos raros autores brasileiros capazes de reunir o que se pode definir como uma obra.
Malandros, prostitutas e desvalidos são uma constante na obra, mas a galeria de personagens do autor é diversificada.
"Quando as Máquinas Param” é o único texto de Plínio Marcos que apresenta uma história de amor sem marginais e submundo. No entanto, aponta a marginalidade a que está condenado o homem comum.
O próprio Plínio cuidou de editar seus textos . Se encarregou também de vendê-los nos bares, nas universidades, nas portas dos teatros. Era sempre encontrado no Teatro de Arena
Plínio Marcos, o rebelde que viveu seu próprio discurso, merece todas as homenagens que pudermos lhe render.
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